ARISTOLOCHIACEAE

Aristolochia odora Steud.

Como citar:

Daniel Maurenza de Oliveira; Tainan Messina. 2012. Aristolochia odora (ARISTOLOCHIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

VU

EOO:

8.125,815 Km2

AOO:

24,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo (Barros; Araújo, 2012)Em São Paulo foi coletada pela última vez em 1931, podendo estar extinta neste Estado (Junior, 2002).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Daniel Maurenza de Oliveira
Revisor: Tainan Messina
Critério: B1ab(i,ii,iii)+2ab(i,ii,iii)
Categoria: VU
Justificativa:

<i>Aristolochia odora</i> é uma liana com ocorrência nas Matas Úmidas dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e possivelmente Espírito Santo. Os dados disponíveis indicam EOO de 7.106,71 km², porém esse valor deve estar subestimado por não incluir as subpopulações de Espírito Santo. Assim é possível inferir que a EOO seja inferior a 20.000 km², colocando a espécie na categoria "Vulnerável" (VU). Sabendo que o histórico de ocupação humana na Mata Atlântica eliminou grande parte das florestas, é possível inferir que as subpopulações conhecidas componham menos de 10 situações de ameaças. O desmatamento resultante principalmente do crescimento de áreas urbanas e o plantio de monoculturas são fatores que causam o declínio da extensão de ocorrência, área de ocupação e qualidade do habitat.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Popularmente conhecida como: "calunga", "jarrinha-cheirosa", "jarrinha-de-barbelas", "papo-de-peru" (Barros; Araújo, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa (Werneck, 2009)
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: A espécie é uma liana, volúvel, terrícola (Barros; Araújo, 2012) e de porte médio (Junior, 2002).Foi coletada com flores em março a junho (exceto abril)

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) very high
Os remanescente de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro, correspondem a 18,38% da área original do Bioma no Estado (Fundação SOS Mata Atlântica; INPE, 2011). O município de Saquarema tem 36.223ha de área, sendo 4.809ha correspondente a remanescente de Mata Atlântica (Fundação SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4 Infrastructure development local medium
Na restinga de Cabo Frio, região próximo da ocorrência da espécie, estão diversas lagoas que sustentam a vegetação, pelo aporte de água no nível freático. A principal ameaça a estas lagoas é a perda de área devido à drenagem e aos aterros dos loteamentos, bem como o lançamento de lixo (Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira, 2012). Nos últimos quarenta anos o crescimento urbano vem reduzindo e fragmentando a cobertura vegetal natural do Centro de Diversidade Vegetal de Cabo Frio (Dantas et al., 2009).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.2 Human settlement local medium
A região do ParqueEstadual Serra da Tiririca, RJ foi ocupada por antigas fazendas do séculoXVIII, tendo passado por vários ciclos econômicos que alteraram sua vegetaçãooriginal, e, atualmente, vem sendo modificada pela ocupação humana visandoespeculação imobiliária (Barros et al., 2009).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Considerada "Vulnerável" pela Listavermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidade de conservação: Reserva Ecológica Estadual de Jacarepia (CNCFlora, 2011) e Parque Estadual da Serra da Tiririca, RJ (Barros; Ribas; Araujo, 2009)

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Bioativo
​Planta fitoterápica (Junior, 2002).